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José Carlos Daltozo - Escritor - www.quata.com.br - Martinópolis



José Carlos Daltozo

"NOS TRILHOS DA HISTÓRIA"
 

NOS TRILHOS DA HISTÓRIA é o sexto livro de José Carlos Daltozo e tem como personagem principal a Estação Ferroviária de Martinópolis, que comemorou recentemente 90 anos de inauguração. Ela foi implantada em plena mata virgem, com o nome de José Teodoro, em 05 de agosto de 1917. O loteamento que deu origem ao povoado só começou sete anos depois, em 1924.

 

Mas o livro não trata só da estação local. Faz um painel geral das viagens de trem que, de certa forma, são idênticas em qualquer lugar do país. Uma espécie de viagem "histórico-sentimental", com pinceladas de saudosismo e nostalgia, uma vez que - além da parte histórica -  o livro tem muitos relatos interessantes e até engraçados de ferroviários aposentados e pessoas que usavam a ferrovia para o trabalho, lazer ou estudos.

Com 132 páginas em papel couchê, tem mais de 180 fotos de locomotivas Maria-Fumaça, locomotivas a diesel, vagões de transporte de cargas, objetos de uso nas estações e nos trens, vários mapas, fotos do interior de carros de passageiros, de carro leito e carro restaurante... enfim, um livro para matar as saudades das gostosas viagens de trens de antigamente.

O valor do exemplar é de apenas R$ 23,00 (vinte e três reais), sendo R$ 20,00 o valor do livro, acrescido de 3,00 remessa simples do correio.

Embarque NOS TRILHOS DA HISTÓRIA, seguindo os passos abaixo indicados:
 
1) Cheque nominal, enviado para JOSÉ CARLOS DALTOZO - CAIXA POSTAL 117 - 19500-000 - MARTINÓPOLIS - SP, com os dados completos do adquirente.
 
2) Encomendas por e-mail, fazendo o depósito prévio no BANCO DO BRASIL - agência 0310-7 - conta 5.353.140-X, em nome do autor. Em seguida, informar a data do depósito para controle, além de fornecer nome e endereço completo para onde deve ser enviado o livro.
 
Endereço do autor:
José Carlos Daltozo - Caixa Postal 117 - 19500-000 -  Martinópolis - SP
E-mail: jcdaltozo@uol.com.br

Entrevista da Folha da Cidade com José Carlos Daltozo
(reprodução com autorização de J.C.Daltozo)

Uma viagem "nos trilhos da história"

O jornalista e historiador José Carlos Daltozo lançou, dia 12 de dezembro de 2007, na Câmara Municipal de Martinópolis, às 20H30, o sexto livro de sua autoria, que leva o título de NOS TRILHOS DA HISTÓRIA.

Desde a publicação do primeiro livro em 1999, "Martinópolis, sua história e sua gente", ele tem buscado resgatar o passado de nossa cidade e de toda a Alta Sorocabana. Recentemente, por exemplo, foi convidado e participou com um capítulo no livro "Presidente Prudente, capital regional", junto com 23 outros escritores e jornalistas da região, coordenado pela professora da UNESP Maria Ângela D’Incao.

Esta entrevista dá aos leitores a oportunidade de conhecer um pouco das suas atividades culturais e suas pesquisas históricas e fotográficas.

 

Folha da Cidade - Qual o tema do seu sexto livro?

José C. Daltozo - O foco principal é a estação ferroviária de Martinópolis, que completou noventa anos de existência há poucos meses. Ela foi inaugurada em 05 de agosto de 1917, com o nome de José Teodoro. Baseado nisso, achei que era interessante esmiuçar o mundo do transporte ferroviário e sua importância para a cidade e região.

 

FC - Todo mundo tem um pouco de saudade da ferrovia, não é?

JCD - É verdade. Todos aqueles que viajaram a trabalho, estudos ou lazer pela ferrovia, até hoje recordam os momentos vividos nos trens de passageiros. E aqueles que embarcavam e desembarcavam cargas, também recordam como era o transporte de cereais, gado, madeira, algodão.

 

FC - Tudo isso está retratado no livro?

JCD - Isso e muito mais. No livro há cerca de 180 fotos e trechos de depoimentos de ferroviários aposentados, além de usuários da ferrovia, pessoas que usavam o trem como principal meio de locomoção. Até porque desde 1924, quando começou efetivamente o povoado de José Teodoro em volta da estação, até os anos 1970, quando a indústria automobilística brasileira deslanchou, eram poucas as pessoas que possuíam automóveis e caminhonetes, também eram raríssimas as estradas asfaltadas. Por isso o trem foi, nessa época, a grande mola propulsora do progresso da maioria das cidades.

 

FC - Por que o tema ferrovia atrai os leitores?

JCD - Acredito que meu livro, embora tenha como foco a estação de Martinópolis, é um painel geral sobre as viagens de trem em todo o Estado. Apesar de demoradas, eram viagens gostosas. Bom, demoradas para a visão de hoje, com os modernos carros e as boas estradas asfaltadas, mas na época viajar dezesseis ou dezoito horas para ir daqui a S.Paulo de trem, era muito mais confortável que ir de carro por estradas de terra. As viagens de carro demoravam muito mais, enfrentando poeira ou lama, dependendo das condições do tempo. O trem, com chuva ou sol, ia cortando os horizontes até chegar ao destino. Muita gente tem saudade do carro restaurante, onde os passageiros podiam fazer refeições. Havia ainda o carro leito para os que tinham mais recursos, enfim, era um mundo particular e interessante. Tudo isso está retratado no livro. Hoje não existe mais nenhuma linha de passageiros em todo o Estado de São Paulo, só trens de carga transitam pelo interior paulista.

 

FC - Publicar o sexto livro é um marco importante?

JCD - É realmente uma marca significativa. Cinco livros são históricos sobre Martinópolis, apenas um dos livros é um painel sobre os cartões-postais no Brasil e no mundo, uma vez que sou colecionador e tenho mais de 130.000 exemplares no acervo, devidamente catalogados. É a quinta maior coleção existente no Brasil.

 

FC - Você poderia relacionar os seus cinco livros anteriores?

JCD - Isso é fácil, o primeiro foi aquele que mencionei antes, "Martinópolis, sua história e sua gente", publicado em 1999, foi um sucesso, fiz 1.000 exemplares e, meses depois, reimpressão de mais 500 exemplares. O segundo foi "Banco do Brasil - 50 anos em Martinópolis", em 2002. O terceiro foi o "Álbum histórico e fotográfico de Martinópolis", publicado em 2004. O quarto foi esse dos cartões-postais, que tem o sugestivo título de "Cartão-Postal, Arte e Magia", editado em 2006. E o quinto livro foi editado em maio de 2007, produzido por encomenda da Loja Maçônica, para distribuição interna, comemorando os 60 anos de existência da Loja na cidade.

 

FC - Sabemos que os seus três primeiros livros estão esgotados. Ainda há pessoas querendo adquiri-los?

JCD - De vez em quando algumas pessoas me procuram, querendo comprar aqueles livros, que estão esgotadíssimos. Alguns dos que me procuram dizem que "o exemplar que comprei na época foi levado por um parente, que não devolveu", outro diz que "morava em outra cidade, só agora fiquei sabendo da edição" e por aí afora. Perguntam se não vou fazer segunda edição, infelizmente não é possível, pois precisaria fazer no mínimo 500 livros de cada modelo e, mesmo existindo 30 ou 40 pessoas querendo adquiri-los, ficaria com estoque enorme sem saída. Aqueles livros só serão reeditados caso alguma empresa ou uma entidade pública queira patrocinar a reedição, distribuindo-os aos alunos das escolas, por exemplo. Bancar com recursos próprios, como fiz na época da primeira edição, não é possível, as vendas não seriam suficientes para pagar os custos de impressão.

FC - Voltando a falar do novo livro, você acha que terá grande procura?

JCD - Acredito que sim, tanto é que estou bancando - mais uma vez com recursos próprios -a edição, produzindo 1.000 livros. Estou convicto que os primeiros 500 livros serão vendidos no três primeiros meses após o lançamento, devido a novidade. Depois será uma venda mais espaçada, mas dentro de um ano creio que também estará esgotado. Até porque tenho uma lista de mais de duzentas pessoas que residem em outras cidades e eles sempre me prestigiaram, alguns chegam a comprar três, cinco e até dez livros para presentear amigos e parentes.

 

FC - Qual o preço do livro? E onde está sendo vendido?

JCD - O livro custa apenas R$ 20,00, se adquirido na cidade. Para os pedidos via correio, acrescentar mais R$ 3,00 de tarifa postal simples. Está sendo vendido na banca de jornal, nas papelarias da cidade e em estabelecimentos que quiserem fazer parceria, deixarei os livros em consignação. O lançamento neste mês de dezembro é proposital, devido as festas de fim de ano. Espero que as pessoas comprem e dêem de presente de Natal aos seus parentes e amigos. Nos meses de verão, quando os parentes vierem visitá-los, comentem que há um livro novo sobre a cidade, os martinopolenses que moram fora gostam de comprar meus livros.

 

FC - Há novos projetos em vista?

JCD - Acumulei uma quantidade enorme de documentos antigos, muitas informações sobre Martinópolis desde seu princípio, várias gravações com pessoas idosas, tenho também muitos mapas e fotografias desde 1920 até a atualidade, preciso dar vazão a esse material todo. Guardá-los só para mim seria egoísmo. Uma fotografia guardada num álbum ou numa gaveta só é vista pelo proprietário e tem grandes chances de se perder quando ele falecer. No entanto, se aquela foto for reproduzida num livro, serão no mínimo mil famílias que tomarão conhecimento da foto e sua importância para a cidade. Meu próximo projeto é publicar um livro sobre os imigrantes japoneses em Martinópolis, a ser lançado em junho de 2008, dentro das comemorações do centenário da imigração para o Brasil. Quem tiver foto ou algum documento alusivo a esse tema, ou souber de alguém que tenha, favor entrar em contato comigo. Outro projeto, creio que para o início de 2009, será o volume 2 do "Álbum Histórico e Fotográfico", logicamente com 160 fotos diferentes do volume 1. Já tenho 160 fotos selecionadas, mas se aparecerem outras mais interessantes, substituo sem problema algum. Há outros projetos de longo prazo, por exemplo, um livro sobre nosso antigo distrito de BALISA, outro sobre costumes rurais que estão desaparecendo com o "progresso". Estou constantemente coletando material sobre esses e outros temas, que se transformarão em livros no futuro.

FC - Balisa, um antigo distrito de Martinópolis, fez parte de um livro recentemente?

JCD - Sim, forneci dados e fotos para um juiz aposentado de Ribeirão Preto, Dr. Jorge Cocicov, ele publicou um livro de mais de 700 páginas sobre imigrantes eslavos, mais precisamente búlgaros e bessarabianos gagaúzos. No início do livro, ele dedicou umas vinte páginas sobre nosso antigo distrito de Balisa, fez citações aos documentos que forneci e também aos meus livros, onde coletou alguns dados que precisava. Balisa ficava "do outro lado do Rio do Peixe", quando o território do nosso município, de 1939 a 1944, ia até onde hoje se situa a cidade de Lucélia. Em Balisa moravam muitos "russos", como diziam na época, na verdade eram eslavos de várias etnias, inclusive as que ele pesquisava. Hoje Balisa é um simples bairro rural de Lucélia, não há mais nada lá que dê idéia de como era o povoado, onde existiu até uma Igreja Ortodoxa Russa.

FC - Você também participou de um livro em Presidente Prudente?

JCD - Escrevi um capítulo para o livro PRESIDENTE PRUDENTE - CAPITAL REGIONAL, lançado em setembro de 2007, dentro das comemorações dos 90 anos da vizinha cidade. Trata-se de um livro coletivo, a organizadora é Maria Ângela D'Incao, professora da Unesp. Ela reuniu 23 jornalistas, historiadores e escritores, pedindo a cada um colaborações, em textos e fotos, versando sobre Prudente. O meu artigo é sobre os antigos distritos de Pres.Prudente, todos eles atualmente são cidades independentes: Martinópolis, Regente Feijó, Pirapozinho, Álvares Machado e outros.

FC - Para finalizar, boa sorte nesse novo livro e em todos os seus projetos.

JCD - Muito grato. Vamos torcer para que os leitores continuem prestigiando meus livros, adquirindo os exemplares para si mesmos e para presentear amigos e parentes. É um presente barato e muito valioso para quem recebe. Já pensou naquele amigo ou parente que não visita a cidade há mais de oito ou dez anos, de repente receber um livro desse tipo? Enquanto tiver público adquirindo, irei publicando mais e mais livros. Este livro sobre a ferrovia certamente vai interessar muitos outros leitores, por esse Brasil afora, que apreciam o tema.

 

Contatos com o autor pelo fone 18 - 3275.1168 ou e-mail jcdaltozo@uol.com.br